19.9.09

afronta aos SUPRA-OCUPADOS

Vivendo em mim, minhas desgraças, tão alheias e constantes.
Não, não culpo ninguem por desesperos.
Os outros, hoje minguados,
me esgotam,
Enojo-os com suas ações burlescas.
Sim, é ódio, que raios partam suas faces vis.

Ranjo-me em maldições por isso. A dependencia humana, essa variavel, que nos faz crer no bem, e pensar que os outros esperam por nos. RAIOS, Grandiosa Mentira! Todo umbigo é maior. A carne é casca para o ego podre. Lá vivem os Amigos, marionetes, de uma grande Farsa. Talvez, já morto, tenham tempo pra mim!

22.7.09

Fragmentos

"Pra onde vão os trens meu pai?
Para Mahal, Tamí, para Camirí,
espaços no mapa, e depois o pai ria:
também pra lugar algum meu filho,
tu podes ir e ainda que se move o trem
tu não te moves de ti."

Hilda Hilst

Fudeuses

Pecadores - corruptos ou aliciados - comei mais do mesmo. Sirvam-se de nosso prato erótico repleto de fetos e merda. Pois o que é o Pecado sem o prazer do Exagero? Participemos juntos do festim de horrores.


Ali, ela, louca, fez-se tua escrava um dia. Aqui, hoje, lúcida, corrompem e abusam-na. Deleite-se também. Teu preço foi pouco pelo ato. Prazer, de fato, tem gostos mais caros.


Ah! Pobres crianças, tenho compaixão por vossas tristezas. Ninguém saberá do homem a abusar-te o corpo; o dedo, sujo, a forçar tuas entradas. O sorriso de antes, aos poucos, perdido. Teus medos me amedrontam tambem, menina.


Em seu ato de bravura, que o caminhante cego acorde teus vizinhos. Gritaríamos juntos, na pavorosa noite, os mortos e os vivos. Quisera perguntar dos tormento que assombram-te n'alma?: - Amigo, como podes temer os planos daquilo que não vês?


Pois só os deuses vêem tudo.